Olá, caro amigo da manutenção.
Hoje, qual a importância você dá ao seu processo de lubrificação? Se sua resposta foi baixa ou média, sinto lhe dizer, mas é melhor repensar!
Estudos apontam que até 36% das quebras em rolamentos se dão por deficiência em lubrificação, isso engloba seleção incorreta de lubrificante, quantidade e/ou período de relubrificação inadequados. Com isso, fica fácil de entender que a utilização de um correto processo de lubrificação faz total diferença nos custos de manutenção de qualquer empresa.
Em resumo, lubrificar corretamente seus rolamentos resultará em menor incidência de quebras, menor consumo de lubrificante, otimização da equipe de manutenção, maior disponibilidade de máquinas para produção e etc.
Pensando nisso, hoje vamos te ensinar como calcular a quantidade e a frequência de relubrificação para rolamentos lubrificados a graxa. Vamos lá?
A quantidade de graxa para relubrificação de rolamentos pode ser calculada simplesmente considerando as dimensões do rolamento. Um método amplamente aceito e utilizado é o da SKF, o qual se resume nas seguintes equações matemáticas:
Qg = 0,002 x D x B (lubrificação anel externo – figura 1)
Ou
Qg = 0,005 x D x B (lubrificação lateral – figura 2)
Onde: Qg = quantidade de graxa a ser adicionada na relubrificação [g]
D = diâmetro externo do rolamento [mm]
B = largura total do rolamento (para rolamentos axiais, utilize a altura H) [mm]
Feito o cálculo de quantidade de graxa necessária, é hora de determinar com que frequência aplicar esse volume de graxa. Esse período é conhecido como frequência de relubrificação. Este cálculo é mais complexo. Deve-se considerar o tipo, as dimensões do rolamento e principalmente os fatores operacionais em que o mesmo estará submetido.
Fabricantes de rolamentos costumam fornecer tabelas para auxiliar os seus usuários a determinar o período de relubrificação aceitável, sem oferecer riscos de falhas aos seus rolamentos. Estas tabelas geralmente são válidas para graxas a base de sabão de lítio de boa qualidade e óleo base mineral operando em condições normais de trabalho e em temperatura operacional de 70°C. Por isso, ajustes técnicos com base nos fatores operacionais e no lubrificante que está em uso não podem ser negligenciados.
Abaixo apresentamos um exemplo de tabela que é fornecida pela NSK em seu catálogo e que pode ser utilizada para estipular o período de relubrificação aceitável conforme observações feitas acima.
Após estipular o período de relubrificação aceitável utilizando as tabelas fornecidas pelos fabricantes de rolamentos, deve-se aplicar ao resultado encontrado as devidas correções para garantir que o cálculo fique condizente com a situação real em que rolamento estará exposto.
O primeiro fator de correção a ser considerado é a temperatura, pois quanto maior a temperatura operacional mais rápido a graxa se degradará. Logo, períodos menores de relubrificação deverão ser considerados. Para graxas com óleo base mineral, a cada 15°C acima de 70°C reduza o período de relubrificação pela metade.
Outra variável é a orientação do eixo em que o rolamento está montado. Por exemplo, um rolamento na posição vertical não reterá a graxa nas zonas de lubrificação com tanta eficiência quanto um rolamento montado na horizontal, portanto para este caso também é aconselhável reduzir o período de relubrificação pela metade.
A vibração excessiva também reduz a vida útil dos rolamentos e dificulta a aderência da graxa onde a mesma se faz necessária. Então, quanto mais altas as taxas de vibração, menor será o tempo entre as relubrificações.
A probabilidade de ingresso de partículas contaminantes também é outro fator importante. Quanto mais agressivo o ambiente, menor o intervalo a ser utilizado.
A umidade, após a contaminação por partículas, é o fator que mais causa falhas em rolamentos, por isso rolamentos em ambientes úmidos devem ser relubrificados mais vezes. Entretanto existem lubrificantes especialmente desenvolvidos para aplicações em que a contaminação por água é severa, com o uso desse tipo de lubrificante o período de relubrificação poderá ser mantido ou até mesmo aumentado.
Outra variável é a carga. Ela influência tanto na seleção da graxa correta, quanto no período de relubrificação a ser aplicado. De maneira objetiva, quanto maior a carga, menor o tempo entre as relubrificações.
E por fim, temos que avaliar qual o lubrificante está em utilização. Isso porque cada graxa apresenta seu próprio grau de performance. Para se ter uma ideia, graxas com sabão complexo podem proporcionar até o dobro do período de relubrificação que graxas de sabão simples oferecem. Já as graxas sintéticas podem apresentar resultados ainda melhores, cerca de 3 a 4 vezes maiores.
Considerando todas as informações apresentadas até aqui, seus cálculos de quantidade de graxa e período de relubrificação estarão bem ajustados e seguros para serem colocados em prática. No entanto, não se esqueça que cada aplicação é única e que novas considerações poderão ser exigidas. Na dúvida, não hesite! Entre em contato com a Engelub, nosso departamento técnico estará à disposição para ajudar você no que for preciso.
Manter a sua empresa funcionando dia e noite, este é o nosso papel!
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