Sistema de lubrificação: descubra a sua importância para indústria

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Como todos sabemos, a introdução das máquinas nas linhas de produção foi um episódio determinante para o aumento da produtividade em todos os setores da indústria. Mas, paralelamente a esses equipamentos, também surgiram práticas e soluções de engenharia que perduram até hoje, como o sistema de lubrificação.

Pensando nisso, elaboramos este post especial sobre o tema. Aqui, você se aprofundará nas principais curiosidades do assunto, entendendo seu conceito, funcionamento e importância ao cotidiano da sua operação. Sem mais demora, acompanhe!

O que é o sistema de lubrificação?

Basicamente, trata-se do sistema que administra as aplicações de óleo lubrificante no interior de uma máquina. Com uma injeção periódica e programada, o setor ganha confiabilidade na sua produção, pois conta com a garantia de que o equipamento está recebendo todos os benefícios inerentes à lubrificação, tais como o resfriamento, a limpeza e a redução do atrito entre os componentes internos.

Por conta desses sistemas, as empresas podem abandonar o processo de aplicação manual, em que se exige que um funcionário abandone o posto de trabalho para aplicar lubrificante na máquina. Essa é uma prática pouco recomendada, pois a intervenção humana tende a gerar dois problemas:

  • o desperdício de produto, com uma inserção exagerada de óleo, na intenção de compensar a menor frequência com que a máquina está sendo lubrificada;
  • a negligência, na qual o equipamento não recebe a lubrificação nos períodos adequados, causando sobrecarga, superaquecimento e quebras.

O que compõe um sistema de lubrificação?

Tecnicamente, esses sistemas são bastante simples, com uma construção lógica que apresenta um ponto de armazenamento e a canalização necessária para deslocar o lubrificante pela máquina. Portanto, um sistema de lubrificação é formado por uma central de bombeamento, com válvulas, bomba, painel elétrico e gabinete de proteção, distribuidores, tubos e aparatos de fixação.

Apesar dessa composição, vale lembrar que os sistemas mais sofisticados podem incluir mais itens nessa lista ou, ainda, aprimorar os que já estão nela, apresentando reservatórios com mais capacidade, maior número de canalizações, central elétrica mais completa, que permita um ajuste de frequências e quantidades ainda mais precisas.

Quais os diferentes tipos desse sistema?

De maneira geral, existem três abordagens tradicionais ao mercado industrial: os sistemas por perda, os circulatórios e os especiais. Agora, confira as peculiaridades de cada tipo!

Sistema por Perda Total

Essa é uma solução que aplica novas quantidades de lubrificante sempre que este for consumido do seu ponto de abastecimento, o que, inclusive, remete ao seu nome, indicando a não reutilização do produto. Esse tipo de sistema admite lubrificantes em óleo, graxa e graxa fluida. Além disso, é importante frisar que esse sistema não permite a dissipação de calor.

Sistema Circulatório

Com um nome bastante sugestivo, esse é o sistema que faz a reutilização do lubrificante gasto, que, após ser aplicado no ponto de atrito, seguirá em direção ao reservatório por um canal de retorno. Uma vez no reservatório, o produto é filtrado e resfriado novamente à temperatura ideal de uso. Diferentemente da solução acima, esse sistema só trabalha com lubrificantes oleosos.

Sistema Especial

Por fim, temos a solução de engenharia projetada para aplicações muito específicas, fugindo da coerência lógica vista nas máquinas de uma indústria. Isso porque esses sistemas são desenhados especialmente para o trabalho em situações adversas, aplicando lubrificante em linhas ferroviárias, cabos de aço e afins.

Qual a importância desses sistemas no cotidiano das indústrias?

A importância desse sistema está nos prejuízos de não se contar com ele. Afinal, as perdas geradas por uma máquina não lubrificada podem ir da ociosidade temporária até um incêndio catastrófico. Além disso, também é interessante lembrar da participação dos custos operacionais com lubrificantes em uma operação industrial, que representa cerca de 5% do total necessário ao funcionamento de uma fábrica.

Por isso, negligenciar a lubrificação acaba sendo uma “economia” bastante prejudicial ao orçamento da operação, que precisará arcar com manutenções corretivas e ociosidade não planejada. Com isso, podemos concluir quais são as principais vantagens de um sistema de lubrificação ao cotidiano da sua empresa:

  • redução de custos operacionais, eliminando perdas nas linhas e desperdício de produto lubrificante;
  • manutenção da produtividade, dispensando as pausas periódicas de um ou mais funcionários para a aplicação manual;
  • aumento da segurança e confiabilidade, com a certeza de que a máquina está sendo lubrificada em todos os pontos cruciais, periodicamente, sem negligências;
  • otimização operacional, com a previsibilidade de que o equipamento está operando em plenas condições, recebendo lubrificação na dose, frequência e qualidade adequada.

Quais os principais defeitos desses sistemas?

Mas assim como qualquer outro sistema mecânico-elétrico, esse conjunto também está vulnerável à ação de alguns agentes externos. Primeiro, devemos frisar a importância de contar com um lubrificante puro para o trabalho sobre as suas máquinas. Como você bem sabe, essas soluções são oleaginosas justamente pelo intuito de facilitar a fluidez dos contatos, eliminando atritos, abrasões e aumento de temperatura.

Mas a partir do momento que o lubrificante for contaminado, ele apresentará alterações na sua textura, com partículas metálicas, arenosas e/ou corrosivas, que agirão contra o propósito do lubrificante, danificando os componentes internos das máquinas, acelerando o desgaste, aumentando o atrito e reduzindo a eficiência da linha de produção.

Sendo assim, é muito importante que o analista esteja sempre atento às condições dos componentes desse sistema, identificando a situação dos bicos injetores, a vedação dos tubos e, também, a estrutura do reservatório de armazenamento. Os maiores obstáculos ao funcionamento dessas peças são o excesso de pó, a combinação com a água e a mistura com o óleo de corte, que apresenta uma composição química reativa à do lubrificante.

Para evitar essas situações, listamos algumas dicas práticas para introduzir na sua linha:

  • obediência ao calendário de manutenções preventivas, garantindo a inspeção periódica desses sistemas;
  • conscientização e capacitação dos operadores responsáveis por esse setor, adaptando os processos e as compras aos produtos adequados à sua operação;
  • atenção com as orientações expressas pelos especialistas das fabricantes do lubrificante utilizado na sua indústria, seguindo as orientações indicadas por aqueles que desenvolveram o produto.

Portanto, encerramos este post importante ao analista industrial, que deve perseguir a excelência em busca de reconhecimento e produtividade. Por fim, ressaltamos que você deve se manter atento às revisões desses sistemas e das máquinas, pois essa é a prática mais eficiente na garantia de uma cadeia produtiva sem ociosidades.

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